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INSS: uso de inteligência artificial dificulta processos de concessão de benefícios

18/11/2022

Sangiogo Advogados

INSS: uso de inteligência artificial dificulta processos de concessão de benefícios

Quando pensamos em inteligência artificial, é normal pensar em um sistema muito avançado e sem erros. Porém, nem sempre isso é verdade. A inteligência artificial ajuda muito em processos, mas ainda apresenta falhas a serem superadas.
A Previdência iniciou o processo de uso de inteligência artificial na concessão de benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A utilização de robôs contribuiu para reduzir a fila de pedidos de aposentadoria, porém aumentou a fila de pessoas que entraram com recurso após terem a solicitação do seu pedido negado.
O INSS deixou de fora o número de pedidos represados do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas) pagos aos idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência, isso desde que comprovem baixa renda.
Apesar de a tecnologia ser um avanço para o INSS, a utilização de robôs gerou muitas críticas por parte do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP), pois, segundo a entidade, o uso da tecnologia fez com que o índice de respostas negativas dos segurados aumentasse.
Logo, pedidos de recursos de trabalhadores no qual os seus pedidos foram negados aumentaram em 32%. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), em todo o país, cerca de 363.462 benefícios estão represados.
Outra informação importante é que, no levantamento feito pelo INSS, não estão incluídos pedidos de pensão por morte, auxílio-doença comum e acidentário, salário-maternidade e auxílio-reclusão.
Segundo o IBDP, desde maio, 714.048 pessoas estavam à espera de perícia inicial para concessão do BPC/Loas e 177.788 estavam esperando a liberação do benefício destinado à baixa renda.
Enquanto o INSS comemora a redução nas concessões após ter robôs para analisar os processos, a fila de trabalhadores que entraram com recursos porque tiveram o seu benefício negado aumentou consideravelmente. A inteligência artificial não leva em conta alguns critérios que seriam considerados relevantes se fossem analisados por um servidor e não por um robô. De forma resumida, a análise feita por robôs torna o processo prejudicial para o segurado, já que a inteligência artificial não leva em consideração os pedidos feitos por inteiro, como salários de contribuição, averbação de tempo, tempo rural com aposentadoria urbana, período insalubre, entre outros.
Outro fator importante é que, enquanto as perícias não forem realizadas, pessoas com deficiência e idosos não podem sequer entrar na fila de espera para a concessão do benefício. Muitos beneficiários, inclusive, por terem o seu pedido negado têm que recorrer à Justiça para garantir o seu direito de receber o benefício.
Logo, se você teve seu benefício negado este ano, saiba que, provavelmente, o pedido tenha sido analisado por robôs de inteligência artificial. Mas saiba também que você não é o único. Muitas pessoas recorrem à ajuda de um advogado para ingressar com recurso e reverter a decisão do INSS.
Portanto, se você teve o seu benefício negado, procure um advogado de confiança para analisar o seu pedido, pois só ele poderá verificar os motivos da recusa e ingressar com recurso para você ter direito ao seu benefício. 

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