Auxílio-doença cessado indevidamente: o que fazer?
24/09/2025O auxílio-acidente é um benefício importante para o trabalhador que, após sofrer um acidente, ficou com sequelas que reduzem sua capacidade para o trabalho. No entanto, muitos pedidos são negados pelo INSS, a boa notícia é que existe a possibilidade de recorrer dessa decisão e garantir o que é de direito.
O auxílio-acidente é um benefício indenizatório pago pelo INSS ao trabalhador que, após sofrer acidente de qualquer natureza, não consegue mais desempenhar sua função da mesma forma que antes. Não é necessário estar totalmente incapacitado, basta comprovar que a sequela dificulta a atividade laboral.
Esse benefício funciona como uma compensação e pode ser acumulado com o salário, já que não substitui a renda do trabalhador.
A negativa do auxílio-acidente pode ocorrer por diversos motivos. Entre os mais comuns estão:
- Falta de documentos médicos suficientes: quando não há laudos ou relatórios claros sobre a sequela.
- Perícia médica contrária: o perito do INSS pode entender que a lesão não reduz a capacidade de trabalho.
- Vínculo empregatício ou carência: em alguns casos, o INSS alega ausência de vínculo ou falta de tempo mínimo de contribuição.
- Interpretação restritiva da lei: muitas vezes, mesmo diante de limitações, o INSS não reconhece o direito ao benefício.
Quando o pedido é negado, o segurado tem duas opções principais: apresentar recurso administrativo ou ingressar com ação judicial.
O recurso administrativo deve ser protocolado no prazo de 30 dias após a negativa. Para aumentar as chances de sucesso:
- Reúna novos laudos e relatórios médicos detalhados.
- Inclua exames que comprovem as limitações permanentes.
- Solicite declaração da empresa sobre as dificuldades enfrentadas no trabalho após o acidente.
Caso o recurso administrativo não tenha resultado positivo, ainda é possível buscar o Judiciário. Nesse caso, o juiz poderá determinar uma nova perícia médica, mais detalhada, que muitas vezes reconhece a real condição do segurado.
Para recorrer da negativa, é essencial apresentar provas consistentes. Alguns documentos que podem ajudar são:
- Laudos médicos detalhados, emitidos por especialistas.
- Exames que comprovem a sequela (raio-x, ressonância, tomografia, etc.).
- Relatórios sobre tratamentos realizados e limitações persistentes.
- Declarações de colegas ou empregadores que atestem a dificuldade de desempenho após o acidente.
Embora não seja obrigatório contar com advogado no recurso administrativo, a assistência jurídica faz toda a diferença. Um especialista em direito previdenciário sabe quais provas reunir, como estruturar o recurso e, se necessário, como ingressar com a ação judicial de forma mais assertiva.
Além disso, quando o processo chega ao Judiciário, a representação por advogado passa a ser indispensável.
Ter o auxílio-acidente negado não significa perder o direito ao benefício. Muitas vezes, a negativa ocorre por falta de documentos ou por uma análise restrita do INSS. O recurso é a ferramenta correta para reverter essa decisão e garantir uma compensação justa ao trabalhador que ficou com sequelas permanentes.
Se o seu pedido foi recusado, procure orientação especializada. Um advogado previdenciário poderá avaliar seu caso, reunir as provas necessárias e aumentar significativamente suas chances de conquistar o benefício.
Conteúdo desenvolvido pela Sangiogo Advogados Associados OAB/RS 3.605